Participação de tablet e celular na internet brasileira quadruplica em um ano

A proporção de acessos realizados por dispositivos móveis, como celulares e tablets, teve crescimento de 300% entre maio de 2011 (quando era de 0,6% do tráfego total) e maio de 2012 (2,4%) no Brasil, segundo dados recentes da comScore.
A proporção ainda é baixa se comparada a países como os EUA, onde os aparelhos são responsáveis por 10,9% do total, e o Reino Unido (13%).
Entre os dispositivos móveis, os celulares foram responsáveis por 54,6% (queda de 5,8 pontos percentuais em relação ao ano passado) e, os tablets, por 43,4% (crescimento de 10%).

ANDROID QUERIDO
O sistema de smartphone preferido pelo brasileiro que é o Android, segundo a pesquisa. A plataforma representa 35,1% do tráfego feito em celulares, ante 33,2% de acessos do iPhone, que é seguido pelo Symbian (6,1%) e os sistemas BlackBerry, Windows Phone e outros em conjunto (25,6%).
O tráfego realizado por tablets é dominado pelo iPad, responsável por 84,6% do total (ante 15,2% de dispositivos com Android).
“Entender como os consumidores estão utilizando um número cada vez maior de dispositivos vem se tornando muito importante para aperfeiçoar estratégias digitais”, disse em comunicado o diretor da comScore no Brasil Alex Banks, que liberou os dados para a Folha.

NOVA INTERNET
Para o especialista em tecnologia móvel Rogério Saran, a adoção da computação móvel é natural. “O brasileiro está saltando etapas, adotando as últimas tecnologias antes mesmo antes de ter acesso às que chegaram antes”, diz, referindo-se ao fato de que muitas pessoas que nunca tiveram PC compram hoje smartphones e tablets.
Saran acredita que os dispositivos móveis ganham força por dispor de tela sensível ao toque. “O consumo de conteúdo é mais natural. Num PC, quem nunca se perguntou para que serve a tecla ESC, por exemplo?”
“Vemos potencial para dobrar o número de acessos à internet só por conta dos maiores acessos por tablet e smartphone. De outra maneira (usando aplicativos) e com outro perfil de navegação, mas esta é a nova internet.”
Fonte: Folha de São Paulo